As tensões entre Damasco e as milícias curdas no norte da Síria se intensificaram em meio a relatos da criação de novas bases americanas em al-Hasakah, além dos relatos de um possível desembarque de tropas de uma "coalizão árabe" liderada pelos sauditas no país.
Sputnik
As ações das forças curdas para fortalecer suas posições na região aumentaram o perigo de um confronto direto com as forças do Exército sírio na região, segundo a Fars News, citando o jornal Al-Watan.
Militares dos EUA na Síria © AP Photo / APTV |
O jornal diz que as Forças Democráticas sírias de maioria curda, apoiadas pelos EUA, estão cavando trincheiras e construindo bunkers em torno de suas bases e áreas na cidade de al-Hasakah. As forças do Exército sírio na região foram colocadas em alerta.
De acordo com Al-Watan, as tensões estão em alta desde que os EUA enviaram outro carregamento de armas para a região. O jornal acrescentou que a recente retirada dos terroristas do Daesh de várias aldeias da região beneficiou as forças curdas.
Mais de 25 civis foram mortos em um ataque aéreo da coalizão liderada pelos EUA na aldeia de al-Fadel, ao sul de al-Hasakah, no início desta semana. Damasco encaminhou uma queixa formal às Nações Unidas sobre os "massacres" da coalizão contra o povo sírio e as tentativas de minar a soberania e integridade territorial do país. A carta também acusa Washington de fornecer "apoio sistemático" ao Daesh.
Os EUA teriam enviado um novo carregamento militar ao curdos na região de Tal Beidar, esta semana. A televisão al-Manar do Líbano informou que as forças curdas recrutaram civis ao sudoeste da cidade de Ra'as al-Ein para treinamento em novas bases militares. Além disso, relatos informam sobre uma crescente presença francesa em áreas da Síria sob o controle curdo.
Também nesta semana, uma fonte no comando curdo revelou à Sputnik que uma coalizão de países árabes, liderada pela Arábia Saudita, concordou em enviar tropas ao norte da Síria.