Na segunda-feira (14), Ancara convocou seus embaixadores dos Estados Unidos e de Israel após a morte de mais de 50 civis durante os recentes confrontos entre exército israelense e palestinos na Faixa de Gaza.
Sputnik
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu o presidente turco Recep Tayyip Erdogan como "um dos maiores apoiadores do Hamas", que "sem dúvidas entende muito bem o que significa terrorismo e massacre".
Benjamin Netanyahu © AFP 2018 / RONEN ZVULUN / POOL |
"Eu recomendo que Erdogan não nos ensine moralidade", ressaltou Netanyahu durante coletiva de imprensa.
A declaração veio pouco depois de Erdogan ter dito que Ancara decidiu retirar seus embaixadores de Washington e Tel Aviv devido às ações de Israel na Faixa de Gaza, onde pelo menos 59 palestinos foram mortos em confrontos com as forças israelenses.
"A Turquia reagirá a isso severamente. Nós retiramos nossos embaixadores de Washington e Tel Aviv para consultas […] Também propomos a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Vamos conversar com muitos líderes e estamos declarando luto nacional de três dias a partir de amanhã", disse Erdogan.
Ele também chamou Israel de "Estado terrorista", descrevendo suas ações contra os palestinos como genocídio.
O mesmo foi repetido pelo primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, que pediu aos países muçulmanos que reconsiderem suas relações com Israel após a violência em Gaza.
Os acontecimentos começaram em meio à cerimônia de inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém na segunda-feira (14), que foi anunciada inicialmente em dezembro e provocou protestos em massa em países muçulmanos, bem como críticas dos Estados que apoiam a solução do conflito palestino-israelense.