O governo do Irã condenou nesta segunda-feira a mudança da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém e advertiu que esta medida só fortalecerá "a determinação da nação palestina oprimida para resistir à ocupação" de Israel.
EFE
Teerã - A transferência da embaixada também "intensificará indubitavelmente os movimentos antissionistas e antiamericanos na região e no mundo", assim como "a resistência nos territórios (palestinos) ocupados", indicou do Ministério das Relações Exteriores do Irã em comunicado.
Bagh-e Melli: os portões principais do Ministério das Relações Exteriores do Irã, em Teerã | Reprodução |
A decisão de Washington é "imprudente e ilegal", afirmou a República Islâmica na nota, que ressaltou que Jerusalém é "parte integral do território da Palestina e um dos três lugares sagrados do Islã".
O Irã reiterou seu apoio à causa palestina e pediu às nações islâmicas que se mantenham vigilantes em relação "às tramas do regime sionista e de seus aliados para semear a discórdia dentro da comunidade islâmica e deixar no esquecimento a causa da Palestina".
O governo iraniano denunciou que Israel acredita que "a perpetuação de sua existência ilegítima depende da tensão e da violência na região", por isso acusou a nação judaica de ser "a causa" das crises no Oriente Médio.
Os palestinos convocaram para hoje protestos em Gaza e na Cisjordânia contra a transferência da embaixada, que contradiz o consenso internacional de não reconhecer qualquer soberania sobre Jerusalém até que palestinos e israelenses consigam firmar um acordo de paz e estabeleçam suas fronteiras.
Desde o início da manhã, vários enfrentamentos foram registrados entre as forças israelenses e manifestantes palestinos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, que, até o momento, já deixaram 37 mortos e mais de 1.700 feridos.
O Irã lidera o chamado "Eixo de Resistência" contra Israel, integrado também pela Síria e por grupos como o libanês Hezbollah e o palestino Hamas.