Base de Distribuição de Combustível da Petrobras na cidade é responsável por abastecer postos no litoral paulista. Mais de 250 fuzileiros navais estão no Porto de Santos.
Por José Claudio Pimentel | G1 Santos
Militares do Exército foram enviados para fazer a segurança no entorno da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e da Base de Distribuição de Combustível da Petrobras (Bacub) em Cubatão, no litoral de São Paulo, neste domingo (27). As instalações são alvos dos protestos de caminhoneiros, parados há uma semana.
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Exército faz a segurança de Refinaria da Petrobas em Cubatão, SP (Foto: G1 Santos) |
O comando das Forças Armadas deslocou também o Navio Doca Multipropósito Bahia (G40), com 260 fuzileiros navais, e o Navio-Patrulha Macaé (P70), com mais 22 fuzileiros, para "manter a segurança e garantir as operações nos terminais" no Porto de Santos. A movimentação com caminhões no cais está interrompida.
Militares do 2º Batalhão de Infantaria Leve, localizado em São Vicente, receberam a missão do Comando em Brasília para permanecerem nas portarias da RPBC e da Bacub. Por volta das 15h, eles foram flagrados por funcionários da empresa. O objetivo, segundo o Exército, é permitir que ocorra o "funcionamento normal das instalações e a distribuição de caminhões com combustíveis".
A Bacub é responsável por abastecer caminhões-tanque que atendem os postos das regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, impactadas com o protesto. O Exército informou ao G1 que, se for necessário, os comboios com as viaturas também podem fazer o acompanhamento e a escolta desses veículos.
Combustível
Acabou o estoque de gasolina e etanol em todos os postos das duas regiões, segundo o Sindicombustíveis Resan. O presidente da entidade, José Camargo Hernandes, informou ao G1 na noite de sexta-feira (25), que somente 1% dos estabelecimentos possuía diesel para ser comercializado.
Aproximadamente 300 postos são associados à entidade. A Fundação Procon informou que notificou os proprietários de dois postos em Santos, também na sexta-feira ,para que apresentem as notas fiscais da compra de combustíveis. Os fiscais apuram eventual abuso em relação ao preço de venda ao motorista.
Paralisação
O Porto de Santos não registra movimentação de caminhões nas duas margens desde segunda-feira (21), segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a autoridade portuária. O modal rodoviário representa 70% das operações, que foram diretamente impactadas com a paralisação da categoria.
A Codesp informou ao longo da semana e, reafirmou neste domingo ao G1, que mantém todas as operações no costado, com o embarque e desembarque de cargas nos navios que fazem escalas. A movimentação de mercadorias a partir de ferrovia, que representa 26% do total, e de dutovia (4%), também não foram interrompidas.