Uma delegação da oposição armada da Síria chegou nesta terça-feira a Astana para participar da nona rodada de negociações sobre a solução do conflito no país, que começou ontem na capital do Cazaquistão e na qual não participam representantes dos Estados Unidos.
EFE
Astana - "Representantes da oposição armada da Síria chegaram a Astana esta manhã. A delegação está composta por 24 pessoas", afirmaram fontes do Ministério das Relações Exteriores cazaque.
Astana, Cazaquistão | Reprodução |
A delegação inclui "praticamente todos os atores principais" da oposição que representam "Idlib e outras zonas de conflito", explicou Aydarbek Tumatov, diretor para a Ásia e a África da chancelaria cazaque.
Representantes do governo sírio e da oposição armada negociam no processo de Astana com a intermediação dos três países fiadores do cessar-fogo - Rússia, Turquia e Irã - que está em vigor há quase um ano e meio no país árabe.
Tumatov acrescentou que o Cazaquistão pode sediar novas negociações sobre a Síria, em referência a um possível Astana-10, pois "há um entendimento sobre a necessidade de realizar outras rodadas de conversas, talvez mais de uma".
Quanto a ausência de representantes dos Estados Unidos nas consultas, o diplomata descartou que esta circunstância possa influenciar no processo negociação.
"Os países fiadores estão participando. Agora tudo depende deles. Além disso, participam representantes da oposição síria e do governo. Todas as forças estão aqui, o que mais é necessário?", disse.
Esta tarde, Rússia, Turquia e Irã apresentarão uma declaração final com os resultados da nona rodada de consultas em Astana.
A principal conquista do processo de Astana foi a criação de quatro zonas de distensão na Síria - nas províncias de Idlib, Homs, Ghouta e na fronteira com a Jordânia - territórios nos quais está proibida qualquer atividade militar, inclusive voos de aviões.