Informações da Assessoria de Segurança de Voo (ASEGVOO) do COMPREP (Comando de Preparo) da Força Aérea Brasileira divulgadas nas redes sociais dizem que o caça F-5FM matrícula 4811 do 1º Grupo de Aviação de Caça (1ºGAVCA) estava em missão de treinamento de combate BVR (Beyond Visual Range – Além do Alcance visual) 2×1.
Poder Aéreo
O avião decolou da Base Aérea de Santa Cruz às 10h40Z (sigla para hora Zulu, ou de Greenwich – GMT). Na subida para a área, o piloto do 4811 reportou pane (a ser confirmado).
Fumaça do acidente com F-5 da FAB | Reprodução |
A missão foi abortada e a aeronave fez aproximação, com acompanhamento, para a pista RWY23.
Aproximadamente a 4 milhas náuticas da cabeceira, os pilotos ejetaram e aeronave caiu às 10h50Z. O SAR foi acionado e os pilotos foram resgatados.
Sistemática de treinamento
Em 2012, fizemos na Revista Forças de Defesa uma matéria sobre os jatos F-5 do tipo biposto FAB, o que incluiu visita à Base Aérea de Santa Cruz. Lá, apuramos como se realiza a conversão à primeira linha dos pilotos de caça da FAB.
Os oficiais aviadores vindos de esquadrões de A-29 Super Tucano, ao seguir para as unidades que voam o F-5M, fazem a conversão operacional num curso que totaliza aproximadamente 60 horas de voo, sem contar as horas que o aluno passa no simulador do jato. Dessas 60 horas, cerca de 1/5 corresponde a voos no modelo biposto (F-5FM).
A parte inicial do curso visa transformar o piloto de A-29 em piloto de F-5M (ou seja, adaptar a voar a aeronave), o que leva pouco tempo diante do total da instrução, Essa parte é, basicamente, feita no F-5FM (pré-solo, orientação de pouso, decolagem, voo noturno e por instrumentos), e responde por pouco menos de 10 horas de voo no biposto.
O objetivo principal do curso, porém, é que o piloto de combate de A-29 se transforme em piloto de combate de F-5M, o que toma mais tempo, pois o aluno precisa se adaptar a uma arena de combate maior, mais complexa, com novas armas, e onde as reações também tem que ser mais rápidas num jato supersônico do que num turboélice como o A-29.
Nessa fase, as primeiras missões são realizadas no F-5FM, quando os instrutores mostram em voo como fazer cada manobra de combate, para o aluno então comandar as manobras e ser avaliado e corrigido, na hora. Os voos seguintes já são realizados pelo aluno no monoposto F-5EM, com o instrutor voando na ala, em treinamentos de combate, tiro aéreo, ataque ao solo, interceptação, ou seja, todas as missões da aviação de caça.
Mais para o final do curso, as missões incluem combate 2×2 e, na última fase da conversão operacional, são feitas quatro missões de combate BVR. Depois dessas missões, o PMO (piloto em manutenção operacional) é considerado apto a realizar missões no tipo.
O F-5FM 4811
Os oficiais aviadores vindos de esquadrões de A-29 Super Tucano, ao seguir para as unidades que voam o F-5M, fazem a conversão operacional num curso que totaliza aproximadamente 60 horas de voo, sem contar as horas que o aluno passa no simulador do jato. Dessas 60 horas, cerca de 1/5 corresponde a voos no modelo biposto (F-5FM).
A parte inicial do curso visa transformar o piloto de A-29 em piloto de F-5M (ou seja, adaptar a voar a aeronave), o que leva pouco tempo diante do total da instrução, Essa parte é, basicamente, feita no F-5FM (pré-solo, orientação de pouso, decolagem, voo noturno e por instrumentos), e responde por pouco menos de 10 horas de voo no biposto.
O objetivo principal do curso, porém, é que o piloto de combate de A-29 se transforme em piloto de combate de F-5M, o que toma mais tempo, pois o aluno precisa se adaptar a uma arena de combate maior, mais complexa, com novas armas, e onde as reações também tem que ser mais rápidas num jato supersônico do que num turboélice como o A-29.
Nessa fase, as primeiras missões são realizadas no F-5FM, quando os instrutores mostram em voo como fazer cada manobra de combate, para o aluno então comandar as manobras e ser avaliado e corrigido, na hora. Os voos seguintes já são realizados pelo aluno no monoposto F-5EM, com o instrutor voando na ala, em treinamentos de combate, tiro aéreo, ataque ao solo, interceptação, ou seja, todas as missões da aviação de caça.
Mais para o final do curso, as missões incluem combate 2×2 e, na última fase da conversão operacional, são feitas quatro missões de combate BVR. Depois dessas missões, o PMO (piloto em manutenção operacional) é considerado apto a realizar missões no tipo.
O F-5FM 4811
A aeronave é um dos três jatos F-5F (biposto) adquiridos no lote de onze caças F-5 (que incluiu oito do tipo F-5E, monoposto) em 2007, da Jordânia. Em algumas ocasiões, pudemos fotografar sua célula passando por revisão e reparos no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), antes de seguir para a Embraer, onde foi modernizada para o padrão F-5FM. Mostramos abaixo algumas dessas imagens.
Segundo o livro “Northrop C/F-5A/B/E/F en Latino America”, de Santiago Rivas, antes da Jordânia, onde tinha a matrícula 1576, a aeronave pertenceu à Força Aérea do Sudão (matrícula 201). Pelas informações de sua série original, o jato foi fabricado em 1982, sendo mais novo que os outros dois F-5F adquiridos da Jordânia, fabricados provavelmente em 1975 e 1978. Pelas informações do livro, a célula tem praticamente a mesma idade dos F-5F adquiridos usados dos EUA e recebidos em 1988 (com anos de fabricação variando entre 1982 e 1984), e que compõem o restante da frota de F-5FM na FAB.
Segundo o livro “Northrop C/F-5A/B/E/F en Latino America”, de Santiago Rivas, antes da Jordânia, onde tinha a matrícula 1576, a aeronave pertenceu à Força Aérea do Sudão (matrícula 201). Pelas informações de sua série original, o jato foi fabricado em 1982, sendo mais novo que os outros dois F-5F adquiridos da Jordânia, fabricados provavelmente em 1975 e 1978. Pelas informações do livro, a célula tem praticamente a mesma idade dos F-5F adquiridos usados dos EUA e recebidos em 1988 (com anos de fabricação variando entre 1982 e 1984), e que compõem o restante da frota de F-5FM na FAB.