O governo da Venezuela expressou neste sábado sua rejeição categórica da adesão colombiana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Sputnik
Depois do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ter anunciado sua viagem à Bélgica, a ser realizada semana que vem, para finalizar a adesão de seu país na qualidade de "parceiro global" da OTAN, o ministério das Relações Exteriores da Venezuela divulgou um comunicado, classificando o fato como "um seria uma ameaça à paz e estabilidade regional".
© AFP 2018 / Paul J. Richards |
Para a administração do presidente Nicolás Maduro, a Colômbia se presta a introduzir na região "uma aliança militar externa com capacidade nuclear", que em sua opinião põe em perigo a "posição histórica" da América Latina e do Caribe "de tomar a devida distância das políticas e ações de belicismo realizadas pela Aliança Atlântica ou qualquer outro exército que use a força" para impor e garantir a "hegemonia de um modelo político e econômico particular".
Segundo Caracas, Bogotá deve "cumprir as obrigações internacionais" decorrentes da assinatura de acordos com organizações regionais, como a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados da América Latina e das Caraíbas (CELAC), que oferecem mecanismos para "garantir a paz e a solução pacífica de conflitos".
O comunicado ressaltou que a Colômbia é signatária do "Tratado de Tlatelolco para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe, a Declaração de Havana da CELAC, que proclama a América Latina e o Caribe são zona de paz, bem como a declaração da América do Sul como zona de paz e construção de medidas de confiança e segurança, aprovado no âmbito do Conselho de Defesa sul-americano de Procedimentos da Unasul".
Segundo Venezuela, a cooperação da Colômbia com a OTAN é uma ameaça que poderia "intimidar os povos da América Latina e do Caribe".