Comunicado foi divulgado após Macron telefonar para Putin e informá-lo sobre encontro com o presidente americano Donald Trump na última semana.
France Presse
Vladimir Putin e Emmanuel Macron defenderam nesta segunda-feira (30) a manutenção e "estrita aplicação" do acordo nuclear iraniano, segundo o Kremlin.
Emmanuel Macron e Vladimir Putin durante encontro no Castelo de Versailles, em 2016 (Foto: REUTERS/Alexander Zemlianichenko/Pool) |
"Os presidentes da Rússia e da França se pronunciaram a favor de manter e aplicar estritamente" o acordo de 2015, anunciou o Kremlin em um comunicado, divulgado depois que Emmanuel Macron telefonou a Vladimir Putin para informá-lo de seu encontro na semana passada nos Estados Unidos com o presidente americano Donald Trump.
O presidente americano deve anunciar até 12 de maio se, como prometeu, "rasgará" este texto assinado em julho de 2015 pelo Irã e seis grandes potências após duras negociações.
Seu conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, afirmou no domingo que Trump ainda não havia tomado uma decisão.
Ele acrescentou que o presidente estava considerando a proposta de seu colega francês de abrir negociações para um novo acordo ampliado.
Macron propôs a Trump preservar o acordo original que se tornaria o primeiro dos "quatro pilares" de um texto futuro.
Os outros "pilares" dizem respeito ao período pós-2025, quando certas cláusulas relativas às atividades nucleares vão expirar, mas também aos mísseis balísticos de Teerã e ao seu papel considerado "desestabilizador" na região. A Rússia declarou que não via "alternativa" ao acordo.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, ressaltou no domingo que seu país não aceitaria "qualquer restrição além de seus compromissos atuais".