Tiraspol não permitirá a retirada dos militares russos ou a mudança do formato da missão de paz russa, declarou Vadim Krasnoselsky, líder da República Moldava da Transnístria.
Sputnik
"Apoiamos a posição de que não é oportuno falar sobre a retirada da missão pacificadora e a mudança do formato, que demonstrou a sua eficácia; além disso, nós mesmos não permitiremos que criem obstáculos aos soldados russos no território de Transnístria", declarou durante uma reunião no Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo).
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Tropa de paz russa na Transnístria © Sputnik/ Sergei Kuznetsov |
Nos finais do ano passado, na Transnístria foram coletadas 85.282 assinaturas a favor da presença das forças de paz russas, depois de a Moldávia ter declarado ilegal a presença dos militares russos na região rebelde.
As autoridades moldavas insistem na retirada do contingente de paz russo, que permanece na região há quase 25 anos e é sucessor do 14º Exército, que ficou sob jurisdição da Rússia depois do colapso da União Soviética.
As tarefas principais dos militares russos incluem a manutenção da paz e a vigilância dos depósitos de munições.
A desintegração da União Soviética e o medo de uma fusão da Moldávia com a Romênia, incentivaram vários distritos a proclamar a criação da chamada República Moldava da Transnístria no princípio dos anos 90.
60% da população da região, com cerca de 475.000 habitantes, são de origem russa e ucraniana.
Atualmente, a Transnístria representa um território fora do controle de Chisinau, com todos os atributos de Estado, incluindo uma moeda própria.