A mídia informou sobre planos dos EUA de desenvolverem armas hipersônicas. O analista militar Viktor Murakhovsky opinou à Sputnik que este processo levará muito tempo a Washington.
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Segundo comunicou o jornal Defense News, o Pentágono firmou um contrato com a empresa Lockheed Martin para criar um protótipo de míssil de cruzeiro hipersônico que deverá equipar os aviões da Força Aérea dos EUA.
Míssil hipersônico russo Moskit © Sputnik / Ildus Gilyazutdinov |
De acordo com o jornal, os EUA planejam gastar com desenvolvimento de armas hipersônicas quase um bilhão de dólares (R$ 3,4 bilhões).
Comentando os relatos, o analista militar russo Viktor Murakhovsky afirmou no ar do serviço russo da Rádio Sputnik que os Estados Unidos precisarão de muito tempo para realizar tal projeto e poderem se igualar à Rússia.
"Se estivermos falando em um voo hipersônico guiado em camadas densas da atmosfera, agora apenas a Rússia possui armas com tais capacidades. Os EUA não têm realizado tais pesquisas ultimamente", disse Murakhovsky, sublinhando que os EUA ainda não têm levado a cabo trabalhos de pesquisas práticas e com maquetas.
Porém, acrescenta, após o discurso do presidente russo Vladimir Putin perante a Assembleia Federal em que ele apresentou uma série de novíssimas armas russas, os norte-americanos planejam disponibilizar recursos para este fim.
O problema é que este processo levará bastante tempo, opina o analista.
"Os recursos devem ser alocados no orçamento para 2019, apenas depois disso se iniciarão os novos desenvolvimentos. Ou seja, a Rússia deixou os Estados Unidos muitos anos para trás — eles precisarão de muito tempo para criar armas parecidas", ressaltou Murakhovsky.
O discurso anual de Vladimir Putin deste ano suscitou muita atenção dos países ocidentais. Em particular, militares norte-americanos afirmaram que os EUA precisam de desenvolver um sistema de radares de posicionamento orbital a fim de fazer frente às armas hipersônicas russas.