Alguns países ocidentais imputam a Damasco um suposto ataque químico para frustrar a saída de radicais do grupo Jaysh al-Islam de Douma, informou o Centro Russo de Reconciliação na Síria.
Sputnik
"Desmentimos categoricamente essa informação e anunciamos a disposição de enviar a Douma, quando a cidade estiver libertada dos membros de grupos armados, especialistas russos em defesa radiológica, química e biológica para recolher dados que vão confirmar que essas declarações foram forjadas", declarou o chefe do Centro Russo para a Reconciliação na Síria, major-general Yuri Yevtushenko.
Douma, Síria © AFP 2018/ Hasan Mohamed |
Segundo o general, alguns países do Ocidente acusam Damasco de ataques químicos para impedir a evacuação dos combatentes do grupo Jaysh al-Islam de Douma programada para 8 de abril.
Yevtushenko sublinhou que o suposto uso de uma bomba de cloro por parte das Forças Armadas sírias em Douma foi reportado por "uma série de chamadas organizações não governamentais independentes", incluindo a dos Capacetes Brancos, "amplamente conhecida por suas notícias falsas".
A organização Capacetes Brancos, cujos voluntários se dedicam ao resgate de vítimas em zonas controladas por grupos rebeldes na Síria, denunciou que um helicóptero lançou um barril com uma substancia química na noite de 7 de abril causando dezenas de mortes e centenas de feridos.
A agência síria SANA comunicou, citando uma fonte governamental, que o grupo Jaysh al-Islam está divulgando notícias falsas sobre um suposto ataque químico em Douma para deter a ofensiva bem-sucedida do exército sírio.