O ex-comandante da Frota do Mar Negro russa, almirante Vladimir Komoedov, explicou a decisão de transferir a Flotilha do Mar Cáspio, tomada recentemente pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
Sputnik
A Flotilha do Mar Cáspio será deslocada da cidade de Astrakhan para a de Kaspiysk, na república do Daguestão.
Belonaves da Flotilha do Mar Cáspio © Sputnik/ Denis Abramov |
Segundo disse o ex-comandante à emissora russa Zvezda, tal posicionamento é mais conveniente e há muito tempo que era discutido.
"Em primeiro lugar, do ponto de vista estratégico, lá temos muitos países amistosos. Em segundo lugar, serão deslocados o ponto de comando e de controle", detalhou.
Explicando por que o novo posicionamento é mais conveniente, o almirante disse o seguinte:
"Acho a nova localização mais conveniente para o posicionamento, assim como para a saída dos navios ao mar e uso das forças, inclusive em outros territórios."
Recentemente, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou a transferência da Flotilha do Mar Cáspio para a cidade de Kaspiysk, onde está sendo construída uma nova infraestrutura naval com posterior aumento do número de oficiais e soldados.
A transferência da flotilha está prevista para 2019, mas pode ser adiada, dependendo da prontidão das instalações, comentou o interlocutor da Sputnik.
A tarefa principal da Flotilha do Mar Cáspio é defender as fronteiras sul da Rússia, assegurar os interesses nacionais do país e combater ao terrorismo. A flotilha também desempenha um papel importante na preservação da liderança da Rússia em um dos maiores mares fechados, objeto desde há 15 anos de uma disputa territorial sobre os campos petrolíferos e recursos biológicos.