Rússia tem planos de "oferecer" sistemas de defesa antiaérea S-300 ao Exército sírio, mas a finalidade dessas armas não está clara para todos os países vizinhos, escreve um jornal alemão.
Sputnik
Previamente, foi comunicado que a Rússia tomou a decisão de fornecer sistemas de mísseis antiaéreos à Síria para ajudar o país árabe a garantir sua segurança após os ataques aéreos realizados pelos EUA e seus aliados.
Sistema russo de defesa antiaérea S-300 Favorit © Sputnik / Ramil Sitdikov |
Na opinião do jornalista do jornal Handelsblatt, Andre Ballin, "esses sistemas antiaéreos são a resposta do Kremlin aos ataques aéreos dos EUA à Síria".
No entanto, destaca, a instalação desses sistemas de defesa na Síria pode agravar ainda mais a situação na região.
"Não podemos excluir que Israel possa considerar o posicionamento dos sistemas de mísseis antiaéreos uma ameaça à sua segurança nacional" e, consequentemente, "destruí-los", sublinhou.
O jornalista acrescenta que "vários meios de comunicação já fizeram suposições semelhantes". "Em seus artigos, eles citam as palavras do ex-chefe da inteligência militar de Israel, Amos Yadlin, segundo as quais se os S-300 forem instalados na Síria, os israelenses vão os destruir em qualquer caso."
Entretanto, o jornalista chama atenção ao fato de o presidente sírio, Bashar Assad, aguardar já há muito tempo — desde 2010 — os sistemas de defesa antiaérea S-300. Mas naquele tempo se falava de entregas comerciais, enquanto hoje se trata de um "apoio militar grátis".