O Governo britânico indicou nesta segunda-feira que o ataque perpetrado no sábado na cidade síria de Duma, em Ghouta Oriental, deve ser "investigado urgentemente" e garantiu que analisará "várias opções" se verificar o uso de armas químicas.
EFE
Londres - Em comunicado divulgado por Downing Street - escritório oficial da primeira-ministra, Theresa May -, um porta-voz apontou que "os responsáveis (do incidente, que terminou com dezenas de mortos) devem prestar contas perante a Justiça".
Theresa May | Sky News |
O escritório acrescentou, além disso, que desde o Executivo de Londres "trabalha com rapidez" junto com os seus aliados "a fim de estabelecer uma posição comum".
A dirigente conservadora deve abordar este assunto durante as reuniões que manterá hoje com seus colegas da Suécia e da Dinamarca em sua visita à Escandinávia, na qual tratará temas como a ameaça da Rússia à segurança internacional, o comércio e o "brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
O Governo britânico está disposto a participar de "uma proposta de ação onde o Reino Unido possa ser útil", estudando "várias opções", segundo comentou o porta-voz, se, "como já disse o titular de Exteriores (Boris Johnson) em fevereiro, ficar provado que houve um uso claramente verificado de armamento químico".
A mesma fonte não quis se referir a "situações hipotéticas", quanto a uma possível ação militar.
Por sua vez, o titular britânico das Relações Exteriores também pediu uma "resposta internacional robusta" ao suposto ataque com armamento químico na Síria.
Durante uma ligação telefônica de Johnson ao seu colega francês, Jean-Yves Le Drain, o chefe da diplomacia britânica "ressaltou a urgente necessidade de investigar o ocorrido em Duma e assegurar que há uma resposta forte e robusta da comunidade internacional".
Segundo o citado porta-voz, ao longo da conversa, ambos políticos "observaram que investigadores internacionais sob mandato do Conselho de Segurança da ONU tinham encontrado responsável o regime (sírio) de (Bashar) Al-Assad de usar gás venenoso em pelo menos quatro ataques separados desde 2014 e acordaram que os responsáveis deste ataque devem prestar contas perante a justiça".
"Ambos condenaram o uso de armamento químico por qualquer pessoa, em qualquer lugar, e acordaram trabalhar juntos para defender a Convenção de Armas Químicas e assegurar que não há impunidade para os que empregam essas armas bárbaras", disse.
Os dois políticos concordaram que a reunião realizada hoje em Nova York do Conselho de Segurança da ONU será "um grande próximo passo a fim de determinar a resposta internacional e na qual deve haver várias opções sobre a mesa".
Após o ataque, a UE reivindicou ao Irã e a Rússia que utilizem a sua influência sobre o presidente sírio, Bashar Al-Assad, para conter a escalada da violência.