O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, exigiu que os Estados Unidos deixem o Oriente Médio e alertou os americanos sobre as consequências de um conflito militar com o país.
EFE
Teerã - "Quem deve ir embora são os Estados Unidos, não a República Islâmica (do Irã). Somos desta região: o Golfo Pérsico e a Ásia Ocidental são o nosso lar", disse Khamenei, criticando as pressões de Washington para que Teerã limite sua influência na região.
Hassan Rohani ao lado de um retrato de Ali Khamenei em foto de fevereiro de 2018. EPA/ABEDIN TAHERKENAREH |
Khamenei alertou que se os americanos entram em um conflito militar com o Irã serão "prejudicados de modo multiplicado".
"O tempo de bater e fugir acabou. Agora, se você bate, o golpe será devolvido. Sabem que se atacarem receberão um contra-ataque mais forte", afirmou Khamenei.
O líder supremo responsabilizou os EUA pela insegurança e os conflitos que assolam o Oriente Médio e afirmou que os americanos tentam atacar o Irã, instigando países como a Arábia Saudita contra a República Islâmica. "Não deixem se enganar pelos EUA", recomendou.
"Além de criar diferenças e conflitos na região, os EUA entraram em uma guerra econômica com o Irã por meio do Departamento do Tesouro e suas sanções", criticou Khamenei.
"Sem dúvida temos que ter laços com o mundo, mas também devemos saber que o mundo não é só os EUA e alguns países europeus. O mundo é grande e é preciso ter laços com diferentes países", disse.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou deixar o acordo nuclear assinado com o Irã, pressionando os demais países que participam do pacto para adotarem novas restrições.
Trump quer limitar as capacidades militares do Irã, especialmente o sistema de mísseis balísticos do país, e o apoio de Teerã ao presidente da Síria, Bashar al Assad, e ao grupo Hezbollah.