A Marinha do Brasil (MB) está enfrentado dificuldades para manter o radar Tipo 997 Artisan (Advanced Radar Target Indication Situational Awareness and Navigation) a bordo do ex-porta-helicópteros britânico HMS Ocean, que a Força comprou a 19 de fevereiro último.
Por Roberto Lopes | Poder Naval
A questão ainda está em discussão mas manifestações da Marinha Real indicam que a MB pode não ser autorizada a operar um radar de funções e préstimos tão sofisticados.
HMS Ocean | Reprodução |
O assunto, apurado com exclusividade pelo Poder Naval, é considerado sigiloso na Diretorial Geral do Material da Marinha, no Rio.
O Artisan é um moderno radar tridimensional de vigilância aérea e de superfície, de médio alcance – até 110 milhas náuticas (ou 203,72 km) –, concebido e construído pelo grupo britânico BAE Systems para a Marinha Real.
Artisan 3D | Reprodução |
Os detalhes de funcionamento do radar são classificados como confidenciais, mas ele, supostamente, é capaz de rastrear e vigiar mais de 900 alvos simultaneamente – e de fazer esse trabalho de monitoramento com boa resistência aos mais complexos jammers conhecidos internacionalmente.
Pernambuco
Segundo o que o Comandante da Marinha, almirante Eduardo Leal Ferreira, confidenciou a colegas de sua corporação, o navio passará a se chamar Pernambuco, em atenção a um pedido do ex-ministro da Defesa – e atual ministro da Segurança Pública – Raul Jungmann, que é pernambucano.
A outra denominação que vinha sendo considerada para a unidade era Atlântico.
Refit
A outra denominação que vinha sendo considerada para a unidade era Atlântico.
Refit
Mas, no caso do porta-helicópteros, o Comandante da MB também tem tido motivos para satisfação.
Os relatórios que ele recebe dos oficiais brasileiros que se encontram fazendo vistorias a bordo do ex-HMS Ocean, são altamente elogiosos à qualidade do refit realizado no navio pela Royal Navy (RN), durante o ano de 2014.
Essas informações ressaltam: em certos compartimentos, a embarcação parece completamente nova, como se tivesse começado a operar quatro anos atrás, e não em 1998.
Por tudo isso, a venda do ex-HMS Ocean enfrenta, até hoje, intensas críticas de parte do Parlamento britânico – reclamações que têm origem na pressão de militares da reserva da RN para que o navio não fosse transferido para a Marinha do Brasil.
Na Esquadra brasileira, o novo Pernambuco, de 21.500 toneladas, representará uma pequena revolução, por sua modernidade (estrutural e de sistemas), capacidade de transportar aeronaves (18) e disponibilidade para operar como navio de assalto anfíbio e de controle de área maritima.
Na Royal Navy o Ocean era o capitânia. Suas acomodações permitiam que ele abrigasse, a um só tempo, os estados-maiores do Comandante da Força Anfíbia e do Comandante da Força de Desembarque do Reino Unido.
Os relatórios que ele recebe dos oficiais brasileiros que se encontram fazendo vistorias a bordo do ex-HMS Ocean, são altamente elogiosos à qualidade do refit realizado no navio pela Royal Navy (RN), durante o ano de 2014.
Essas informações ressaltam: em certos compartimentos, a embarcação parece completamente nova, como se tivesse começado a operar quatro anos atrás, e não em 1998.
Por tudo isso, a venda do ex-HMS Ocean enfrenta, até hoje, intensas críticas de parte do Parlamento britânico – reclamações que têm origem na pressão de militares da reserva da RN para que o navio não fosse transferido para a Marinha do Brasil.
Na Esquadra brasileira, o novo Pernambuco, de 21.500 toneladas, representará uma pequena revolução, por sua modernidade (estrutural e de sistemas), capacidade de transportar aeronaves (18) e disponibilidade para operar como navio de assalto anfíbio e de controle de área maritima.
Na Royal Navy o Ocean era o capitânia. Suas acomodações permitiam que ele abrigasse, a um só tempo, os estados-maiores do Comandante da Força Anfíbia e do Comandante da Força de Desembarque do Reino Unido.