A chancelaria turca condenou as ações dos militares israelenses contra os palestinos, chamando-as de desproporcionais. Mais tarde o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, qualificou publicamente as ações dos soldados israelense como "ataque desumano".
Sputnik
O premiê israelense negou as acusações por parte da Turquia, declarando que Ancara não tem direito de dar lições ao "exército mais moral no mundo".
Recep Tayyip Erdogan © REUTERS/ Osman Orsal |
Recep Tayyip Erdogan discursando no congresso do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) na província turca de Adana disse:
"Não preciso dizer de que maneira o exército de Israel é cruel. Israel é valente contra os oprimidos, mas em relação a outros tem medo e reverência. [Netanyahu] tem a coragem de declarar que nosso exército oprimiu pessoas inocentes em Afrin. Netanyahu você é muito fraco e patético. Tenha juízo. Seu problema não são os terroristas. Você mesmo é um governo terrorista. Todos sabem o que vocês fizeram em Gaza e Jerusalém. Ninguém no mundo gosta de você".
O presidente turco também disse que o premiê israelense não deve contar com suas armas nucleares, pois, quando chegar o momento de usá-las, estas não funcionarão e aconselhou a Netanyahu a ser honesto.
"Netanyahu, você é ocupante. Está lá nos territórios como ocupante. Você é terrorista. O que vocês fizeram em relação aos palestinos está gravado na História. Nós nunca esqueceremos disso. Estou seguro que povo de Israel está insatisfeito e preocupado com suas ações", resumiu.
Os militares israelenses reconhecem o uso de armas contra os participantes mais agressivos, explicando suas ações pela necessidade de defender as fronteiras. O exército israelense calculou que da ação participaram cerca de 30.000 palestinos, que levaram a cabo provocações. Os militares apontam que todos os palestinos mortos eram homens e tinham 18-30 anos de idade, e que pelo menos dez deles eram membros de vários grupos radicais palestinos.