Funcionários sírios denunciaram que países ocidentais fornecem substâncias químicas aos grupos armados para que as usem no território nacional e culpem o governo de ataques com esses tóxicos, difundiram hoje meios de imprensa.
Prensa Latina
Damasco - O representante permanente do Estado meso-oriental ante as Nações Unidas, Bashar al-Jaafari, fez essas declarações ao intervir em uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação na Síria, realizada em Nova Iorque.
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Ante alegações de Estados do Ocidente de que o governo sírio empregou recentemente na cidade de Duma, região de Ghouta Oriental, substâncias tóxicas, o diplomata negou que as tropas governamentais realizassem semelhante ação, que viola os princípios do direito internacional.
Com o fim de verificar essas acusações - argumentou - Damasco está pronto para facilitar a chegada ao seu território de uma missão de investigação da Organização para a Proibição das Armas Químicas ao local do suposto incidente em Duma.
Em relação ao suposto ataque químico, especialistas russos que investigam nessa área afirmaram que não encontraram nenhum rastro de substâncias tóxicas proibidas, ressaltou ontem o ministro russo de Relações Exteriores, Serguéi Lavrov.
Apesar dessas indagações e da negação do governo sírio de que possua armas químicas, países como Estados Unidos, França e Reino Unido insistem em acusar o Estado árabe do uso de tais substâncias venenosas.
Al-Jaafari assinalou, por outro lado, que o Executivo apoia a solicitação da Rússia de convocar uma audiência sobre os resultados da visita de uma missão encarregada de avaliar a situação atual na cidade de Raqqa, ao norte.
De acordo com fontes oficiais, instalações e edifícios civis dessa demarcação foram praticamente destruídos recentemente por ataques da Coalizão Internacional, liderada por Washington, que respalda as chamadas Forças Democráticas Sírias.
Em meio a adversas campanhas midiáticas patrocinadas por potências ocidentais, Síria vive mergulhada desde março de 2011 em um sangrento conflito armado com saldo de aproximadamente meio milhão de mortos e mutilados, segundo fontes das Nações Unidas e organismos humanitários.