Até 2025, os caças norte-americanos F-35 Lightning II serão capazes de detectar, acompanhar e talvez até interceptar mísseis balísticos, se tornando de fato em sistemas antiaéreos voadores, comunica um portal de defesa norte-americano.
Sputnik
Para atingir esse objetivo, se planeja equipar os aviões com sensores e novas armas, informa o Breaking Defense.
CC BY 2.0 / Forsvarsdepartementet / Lockheed Martins F-35 |
"Acho que serão precisos uns 6 ou 7 anos para elaborar as bases do conceito e instalar as capacidades, sensores e um novo míssil antiaéreo rápido no F-35, integrá-los e colocá-los em serviço", disse aos senadores o chefe da agência para a defesa antiaérea do Pentágono, general-tenente Samuel Greaves.
A edição frisa que é a primeira vez que os responsáveis militares falam sobre prazos concretos de integração do caça no sistema de defesa antiaérea do país, embora anteriormente tais planos já tenham sido expressos.
O portal opina que certos aviões já receberam sensores infravermelhos capazes de detectar e acompanhar mísseis balísticos, porém, os mísseis guiados ar-ar AMRAAM (Advanced Medium-Range Air-to-Air Missile) instalados neste caça hoje em dia não têm capacidade de interceptar alvos balísticos.
"O nosso objetivo é olhar para além do sistema clássico da defesa antimíssil", sublinhou Greaves.
O chefe da entidade acredita que os EUA precisam de reforçar os sistemas tradicionais de intercepção de mísseis balísticos, ou seja, os Patriot, THAAD e GBI. Tal necessidade se justifica pelo aparecimento de novas ameaças, principalmente por parte da Coreia do Norte.
O F-35 é uma família de caças furtivos multifuncionais de 5ª geração fabricados desde 2001 pela empresa estadunidense Lockheed Martin. O avião é produzido em três variantes: A (normal da Força Aérea), B (com decolagem curta e aterrissagem vertical) e C (de convés).