Presidente americano disse que está na hora de "outros” se encarregarem do conflito, mas não detalhou um cronograma de saída.
Deutsch Welle
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quinta-feira (29/03) que as Forças Armadas americanas, que lideram na Síria a coalizão internacional que combate o terrorismo jihadista, deixarão o país "muito em breve" e que chegou o momento de "outros" se encarregarem do tema.
O presidente dos EUA, Donald Trump. |
"Estamos destruindo o Estado Islâmico (EI). Sairemos da Síria muito em breve", disse Trump durante um discurso na cidade de Richfield, no estado de Ohio.
Estas declarações surpreendem por terem sido feitas em um momento em que o Pentágono reconheceu que a luta contra os terroristas na Síria desacelerou devido ao abandono de vários combatentes curdos que faziam parte da coalizão.
Este abandono afetou a luta contra os terroristas que atualmente estão concentrados no vale do rio Eufrates. A situação levou o Departamento de Defesa americano a reiterar, em diversas ocasiões, a importância de que todas as partes envolvidas atuem com o objetivo comum de derrotar o Estado Islâmico (EI).
Trump citou este ponto ao declarar que os Estados Unidos estão na Síria por um único motivo. "Estamos lá por uma razão: encontrar o EI, acabar com o EI e ir para casa", garantiu.
Além disso, o presidente americano voltou a defender a importância de que "outros" assumam a liderança a partir de "agora".
Desde que assumiu a presidência, Trump optou por ceder o protagonismo em primeira linha de combate às tropas locais, para assim reduzir a presença militar americana no exterior.
"O que faremos será mudar do que eu chamaria de um enfoque de ofensiva no terreno para um de estabilização. Verão mais diplomatas americanos no terreno", anunciou.
As Forças Democráticas da Síria (SDF) apoiadas pelos EUA disseram na sexta-feira que não foram informadas de nenhum plano para retirar as forças dos EUA que operam na Síria como parte da coalizão contra o Estado Islâmico.