Um morador de Ghouta Oriental, Ahmed, relatou na entrevista à Sputnik Internacional sobre a sua vida antes de sair da prisão controlada pelo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia).
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"Era impossível sair, se alguém tentava fugir para as regiões controladas pelo exército sírio, punha em risco a sua vida e a dos seus familiares", disse Ahmed.
Ghouta Oriental © AFP 2018/ HAMZA AL-AJWEH |
O ex-prisioneiro revela que uma tentativa de escapar fracassada só piorava as coisas, já que os terroristas consideravam tal pessoa como traidor. Eles poderiam não a matar, mas violavam os seus direitos de uma maneira diferente.
"Fui forçado a apoiar a ideia de criação do Daesh; para atingir esse objetivo era preciso denegrir o Estado sírio e o exército, caso contrário uma pessoa era considerada infiel, não muçulmana, embora as crenças dos militantes e suas ações estejam longe do Islã".
Ahmed compartilhou com a Sputnik Internacional que se sente extremamente feliz por estar livre, e que é um "milagre" que ele e sua família estejam finalmente livres dos horrores do terrorismo.
"Os militantes mudaram significativamente as nossas vidas. Logo que conquistaram o poder na região, estabeleceram prisões e salas de tortura. Na mídia, estavam constantemente acusando o governo e exército de tudo", frisou.
Falando sobre a libertação, ele adicionou que o exército sírio percebeu que os prisioneiros não eram culpados, pois os militantes usavam-nos como escudos humanos".
De acordo com o comando do exército sírio, as tropas governamentais já libertaram 70% do território de Ghouta Oriental, que tinha estado sob o controlo dos terroristas desde 2012.