O Reino Unido, através de seu enviado à ONU Jonathan Allen, disse que o país não é obrigado a fornecer amostras da substância recolhidas na investigação sobre o envenenamento do ex-oficial de inteligência russo Sergei Skripal.
Sputnik
"Os colegas russos falaram sobre amostras, mas novamente isso é um mal entendido da convenção", disse Allen. "Não há disposições na convenção que exigem que o Reino Unido compartilhe amostras coletadas como parte de uma investigação criminal".
Jonathan Allen © REUTERS/ Shannon Stapleton |
Rússia se defende
"Este incidente… é algo que beneficia a Rússia antes na véspera das eleições presidenciais e do Campeonato Mundial de Futebol?", disse o enviado russo ao Conselho de Segurança da ONU, Vasily Nebenzya nesta quarta-feira. Ele reiterou sua declaração anterior de que haveria provocações de todo tipo contra Moscou antes de eventos internacionais importantes.
O enviado disse que poderia nomear vários países que se beneficiarão com o ataque em Salisbury, sem especificar devido ao princípio da presunção de inocência.
O Reino Unido, acrescentou Nebenzya usou Skripal porque parece ser uma "vítima perfeita", o que poderia justificar qualquer mentira contra Moscou. Ele classificou as afirmações britânicas "sem fundamento" e exigiu uma investigação minuciosa sobre o caso.
Anteriormente, o chanceler russo Sergei Lavrov, ressaltou que a Rússia estava pronta para cooperar na investigação, mas precisava ter acesso aos materiais do caso, incluindo amostras da substância em questão.