O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, disse na terça-feira que se sentir escandalizado pela ameaça dos Estados Unidos de recorrer unilateralmente à força na Síria e por proposta de uma nova resolução das Nações Unidas sobre o país árabe.
Pars Today
"Eu não tenho mais um termo normal para descrever isso", estou "sem palavras". disse Lavrov durante uma conferência de imprensa na qual ele comentou a iniciativa dos EUA para uma nova trégua na Síria.
Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov | Reprodução |
O chanceler russo aludiu desta forma, à proposta de Washington de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSC) emita uma nova resolução como alternativa à resolução anterior 2401, cuja aplicação analisou o órgão e há duas semanas processou um cessar-fogo de 30 dias em toda a Síria.
A proposta de Washington, na opinião do titular russo, responde "a incapacidade de cumprir com a resolução 2401 na parte que se refere aos combatentes apoiados pelo Ocidente e com a desculpa de que a Rússia, o Irã e o governo sírio não puderam garantir a trégua”.
Lavrov também marcou a declaração da embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, como ultrajante, que em seu discurso perante o Conselho de Segurança da ONU disse na segunda-feira que "os Estados Unidos, um país pacífico, podem a qualquer momento atacar as forças do governo sírio, como fizeram um ano atrás, quando atacaram a base aérea de Al-Shairat, na província de Homs (centro).
Os Estados Unidos propuseram ontem no UNSC uma resolução para uma nova trégua em Damasco e na região de Ghouta Oriental - uma batalha dos grupos armados - e advertiu que se a comunidade internacional não agir, os EUA poderiam fazê-lo sozinho pela força.
O chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, advertiu no mesmo dia que se a Rússia detectar uma ameaça vital para os militares russos na Síria, como ameaçada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos (o Pentágono), não deixará essas ofensas sem resposta.
A Síria, por sua vez, adverte que as ameaças dos EUA contra o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, poderiam inflamar os terroristas e dar-lhes a mão livre para lançar ataques químicos.