O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, anunciou em uma entrevista à CBS que seu país não ficará observando de braços cruzados o Irã desenvolvendo uma bomba atômica.
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"A Arábia Saudita não tenciona obter nenhuma bomba atômica, contudo, sem dúvidas, caso o Irã desenvolva uma bomba nuclear, vamos seguir seu exemplo de forma mais rápida possíve", afirmou o príncipe.
Usina nuclear Bushehr, no Irã © Sputnik/ Valeriy Melnikov |
Enquanto isso, o titular assinalou que "o Irã não é um adversário da Arábia Saudita", uma vez que "seu exército não se encontra entre os cinco principais do mundo muçulmano". Para mais, adicionou que a economia saudita supera a iraniana.
A rivalidade entre Teerã e Riad remonta à antiga divergência entre as duas maiores vertentes do islamismo sobre quem é o legítimo herdeiro do profeta Maomé. Wahhabismo, o movimento ultraconservador do Islã sunita da Arábia Saudita, considera os xiitas como hereges.
Além do elemento religioso nas relações entre os dois países há o político. Depois da revolução iraniana de 1979, os líderes sauditas passaram a considerar o Irã como uma ameaça ao seu domínio sobre o mundo islâmico. Assim, nos anos posteriores, as duas potências apoiaram lados opostos em numerosos conflitos da região, como no Iraque, Síria e Iêmen.