A reação de Moscou a frente formada por Reino Unido e aliados no caso Skripal não se fez esperar: quatro diplomatas alemães terão que voltar para casa. Na véspera, Rússia declarara 60 americanos personae non gratae.
Deutsch Welle
O governo da Rússia instou quatro membros da embaixada alemã em Moscou a deixarem seu território, em represália a medida semelhante tomada por Berlim. Ao tomar conhecimento da medida, nesta sexta-feira (30/03), o ministro do Exterior da Alemanha, Heiko Maas, declarou em comunicado não estar surpreso, mas reafirmou a disposição de seu país a dialogar com Moscou.
Embaixada da Alemanha em Moscou |
Maas lembrou que a Alemanha não tomara levianamente a decisão de expulsar quatro diplomatas russos, em reação ao envenenamento do ex-espião duplo Sergei Skripal no Reino Unido: "Foi um sinal político necessário e apropriado, em solidariedade ao Reino Unido, e por a Rússia se negar até agora a esclarecer os fatos."
Maas ressalvou que também no atual contexto a Alemanha está aberta ao diálogo com Moscou e trabalhará "pela segurança europeia e por um futuro construtivo para as relações bilaterais".
Outros países afetados por represálias do Kremlin são França, Canadá e Polônia, também com quatro diplomatas expulsos; Lituânia, com três; Itália e Holanda, com dois, cada uma; e Finlândia e Letônia, com um diplomata, respectivamente.
Na quinta-feira, 60 representantes diplomáticos dos Estados Unidos haviam sido expulsos da Rússia. Antes, Moscou declarara personae non gratae 23 diplomatas britânicos, o mesmo número de funcionários russos enviados para casa por Londres. O Kremlin segue negando qualquer envolvimento no envenenamento de Skripal e sua filha, Yulia.