Sobre briga por 'mala nuclear': EUA não podem chegar à China abrindo porta com os pés

0

Algumas mídias noticiaram uma briga entre agentes de serviços especiais por causa da "mala nuclear" do presidente norte-americano, Donald Trump, durante sua visita à China. O especialista em diplomacia, Lev Klepatsky, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, comentou a situação.


Sputnik

Agentes das forças especiais chinesas e norte-americanas se desentenderam por causa da "mala nuclear" de Trump no decorrer da visita do presidente norte-americano à China em 2017, comunica a edição Axios, citando fontes conhecedoras do acontecido.


Mala com códigos nucleares do assistente militar do presidente norte-americano
Mala com códigos nucleares dos EUA © AP Photo/ Alex Brandon

De acordo com a edição, depois de o líder norte-americano passar na sala de negociações com as autoridades chinesas, um funcionário tentou segui-lo com "a mala nuclear". Contudo, um guarda chinês impediu a passagem do acompanhante de Trump. Representantes da delegação norte-americana chamaram o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, que decisivamente se dirigiu à sala dizendo "nós entramos".

Em seguida, ocorreu um alvoroço, já que um oficial de segurança chinês agarrou Kelly, que rapidamente se soltou, e depois um agente do serviço secreto dos EUA jogou um funcionário chinês no chão, segundo Axios.

O especialista em diplomacia, Lev Klepatsky, comentou o incidente em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

"De acordo com a prática e com o que eu sei, geralmente, tudo é combinado de antemão, ou seja, em conformidade com o protocolo. Não é que essas pessoas [com a mala nuclear] seguem estreitamente após seu chefe, mas estão a uma distância bem curta. Quanto ao incidente, para os EUA, este comportamento meio 'indecente' é típico. Provavelmente, trata-se de uma falha do protocolo, ou 'sondagem' do terreno para ver se os donos [do evento] o aceitarão ou não. Caso a chantagem tenha seu efeito, os [norte-americanos] vão continuar se comportando desse jeito, caso não dê certo, vão ter de agir no âmbito do protocolo", assinalou Klepatsky.

De acordo com ele, os norte-americanos se esqueceram de uma coisa importante nas relações com seus colegas chineses.

"Esse jeito é perigoso caso sejam envolvidos chineses […] Não se trata de um país do Leste Europeu, onde os norte-americanos abrem porta com os pés", acredita o especialista.


Tags:

Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)

#buttons=(Ok, Vamos lá!) #days=(20)

Nosso site usa cookies para melhorar sua experiência. Check Now
Ok, Go it!