Milícias curdas e o governo da Síria chegaram a um acordo sobre a implantação das Forças Armadas da Síria em Afrin, a mídia libanesa reportou na quinta-feira (15).
Sputnik
A decisão foi tomada para proteger o distrito de Afrin contra ataques da Turquia e de seus aliados, reportou o canal de televisão libanês Al-Mayadeen, citando uma fonte conhecedora da situação.
Militar sírio em tanque T-62 © REUTERS/ Umit Bektas |
Na quinta-feira (15), uma fonte informou à Sputnik que, nos próximos dias, as Forças Armadas da Síria entrariam no distrito de Afrin, perto da fronteira com a Turquia.
"Foi fechado um acordo sobre a implantação, nos próximos dias, das Forças Armadas da Síria na fronteira entre a Síria e a Turquia, em Afrin, no norte de Aleppo. O acordo foi fechado entre o governo da Síria e os curdos", disse a fonte.
No entanto, o Departamento de Estado dos EUA desconhece esse acordo que prevê a entrada das Forças Armadas da Síria no enclave de Afrin, no norte da Síria, informou a fonte para a Sputnik.
Desde janeiro, a Turquia tem posto em ação a operação militar Ramo de Oliveira contra os curdos em Afrin. O enclave é controlado pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), consideradas por Ancara uma afiliada do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e, também, como uma organização terrorista na Turquia e em alguns outros países.
Damasco condenou as ações de Ancara ao chamar a operação de violação da soberania do país.
OTAN satisfeita com a operação militar da Turquia na Síria
Na quinta-feira (15), o ministro da Defesa da Turquia, Nurettin Canikli, disse, durante sessão ministerial realizada em Bruxelas, que a Aliança não protestou contra a operação militar Ramo de Oliveira e acrescentou que envolveu Ancara para conter o uso desproporcional de forças durante suas atividades no norte da Síria.
Enquanto isso, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, declarou que Ancara espera que seus aliados apoiem a luta contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), contra as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) e contra o Partido da União Democrática Curda (PYD).