O presidente palestino, Mahmoud Abbas, reafirmou hoje perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas o desejo de seu povo de viver em liberdade e dignidade, afastado de guerras e destruição, do terrorismo e do extremismo.
Prensa Latina
Mahmoud Abbas | Reprodução |
Apesar do apoio de boa parte da comunidade internacional e das múltiplas resoluções aprovadas, a Palestina não é reconhecida como um Estado nem como como membro de pleno direito da ONU, agregou. Somos descendentes dos cananeus, que viveram em nossas terras há cinco mil anos: nesse mesmo lugar, o povo palestino construiu suas próprias cidades e instituições, explicou.
Mas vivemos agora sob ocupação permanente e ninguém pediu contas a Israel quando começou a expansão por nosso território em 1948, enfatizou.
Como lembrou Abbas, durante todos esses anos, foram aprovadas 705 resoluções na Assembleia Geral e 86 resoluções no Conselho de Segurança em repúdio à ocupação: até agora, nenhuma tem sido implementada.
Israel viola seus compromissos internacionais e age com impunidade perante a lei, denunciou o presidente palestino.
O que começou como uma situação de ocupação temporária, terminou sendo uma colonização permanente, enquanto Tel Aviv continua fechando a porta à solução dos dois Estados, com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém como capital compartilhada, recordou.
Apesar de permanecermos sob ocupação, tentamos desenvolver instituições como a Autoridade Nacional Palestina e continuamos trabalhando para unir nosso povo.
A Palestina se opõe às armas nucleares e às armas convencionais que provocam tanta guerra e destruição, disse.
Nesse sentido, Abbas enfatizou a necessidade de fomentar a cultura da paz, de repúdio à violência e na busca do desenvolvimento sustentável.
'Estamos aqui hoje, depois de uma longa viagem e enormes esforços, para traçar um caminho política que levem a uma paz integral e justa.'
Nunca recusamos as múltiplas tentativas de diálogo e negociação, jamais deixamos de aceitar os convites a participar de diálogos, pois consideramos que a negociação é a única via para estabelecer a paz, afirmou o presidente palestino. Devido ao estancamento, acrescentou, não perdemos a esperança, viemos à ONU pois acreditamos nos princípios da Carta das Nações Unidas, que afirma o direito dos povos à livre determinação.
Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU leva a cabo uma reunião aberta para debater a questão de Israel e da Palestina.