O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, está estudando a possibilidade de proibir os funcionários do órgão de usar de aparelhos eletrônicos com GPS já que eles podem ser uma "ameaça para a segurança" do país.
EFE
Segundo o site "Military Times", que cita fontes do Departamento de Defesa, Mattis já tinha cogitado a proibição, mas decidiu avaliar seriamente a questão depois da divulgação na semana passada de que o uso de um aplicativo tinha revelado diversas instalações secretas.
EFE/Rolf Vennenbernd |
Em novembro do ano passado, a Strava, responsável pelo desenvolvimento de aplicativos relacionados à atividade esportiva, divulgou um mapa de calor dos percursos realizados pelos usuários entre 2015 e 2017.
O alerta, no entanto, só veio no último fim de semana, quando um dos usuários percebeu a localização pouco usual de vários desses percursos, alguns em regiões de alta segurança ou próximas a conflitos armados, e decidiu publicar a descoberta na internet.
Outros usuários entraram no "jogo" e acharam trajetos em regiões inóspitas, que só poderiam ser de exercícios realizados por militares que atuam em instalações conhecidas pelo público.
Aplicando o mesmo padrão, os usuários foram capazes de identificar bases militares secretas dos EUA e de outros países.
Apesar de o mapa não oferecer imagens reais das instalações, os desenhos formados pelos percursos permitem identificar diversas informações relevantes, como a entrada das bases.
Perguntada sobre a possibilidade da proibição do uso desse tipo de dispositivo, a porta-voz do Pentágono, Carla Gleason, se limitou a dizer que o Departamento de Defesa leva as ameaças à segurança nacional seriamente e sempre analisa medidas adicionais.
Caso a proibição seja aplicada, a medida afetaria não só os militares no exterior, mas também os que trabalham no país e os cerca de 22 mil funcionários do Departamento de Defesa.