A península da Crimeia é um "porta-aviões da Rússia", o que não pode senão suscitar o interesse dos serviços de inteligência estrangeiros, afirmou o vice-presidente do Conselho Consultivo da República da Crimeia, Aleksandr Formanchuk.
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Segundo disse o dirigente, é a localização estratégica da península que explica o grande interesse por parte dos serviços secretos dos países ocidentais.
Sukhoi Su-24 e Su-34 russos na base aérea Belbek, em Sebastopol, Crimeia © Sputnik/ Sergey Malgavko |
"Temos que nos acostumar a isso, pois vai continuar. Ao começar a fazer parte do território russo, a Crimeia dispõe de instalações militares adicionais, pois é uma 'península porta-aviões'. Tem uma boa localização do ponto de vista estratégico-militar, por isso é um lugar irritante para eles [os países ocidentais]", explicou.
Em 29 de janeiro, um caça russo Su-27 interceptou um avião de reconhecimento estadunidense EP-3 Aries sobre as águas neutras do mar Negro, perto das fronteiras da Rússia. Os Estados Unidos acusaram a parte russa de violar o Acordo de 1972 de Prevenção de Incidentes Sobre o Alto Mar (INCSEA em inglês). O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, sublinhou que o voo foi realizado de acordo com as regras internacionais sobre o uso do espaço aéreo.