Mais de 20 mil pessoas foram mortas e 2 milhões foram forçadas a fugir de casa desde que o grupo radical islâmico iniciou insurgência, em 2009
Reuters
Um tribunal da Nigéria liberou 475 pessoas supostamente filiadas ao Boko Haram para reabilitação, informou o Ministério da Justiça neste domingo (18), à medida que a maior investigação legal do país sobre a insurgência islâmica continua.
Local onde houve ataque do Boko Haram em 2016 na Nigéria (Foto: Reuters) |
A primeira pessoa condenada pelo sequestro de alunas de Chibok, em 2014, foi sentenciada a 15 anos de prisão na semana passada, e também recebeu uma sentença adicional de 15 anos, anunciou o Ministro da Justiça em um comunicado.
Mais de 20 mil pessoas foram mortas e dois milhões foram forçadas a fugir de suas casas no nordeste da Nigéria desde que o Boko Haram iniciou uma insurgência em 2009, com o objetivo de criar um estado islâmico.
Entretanto, grupos humanitários criticaram o tratamento das autoridades nigerianas contra os detidos, por infringirem os direitos dos suspeitos.
Algumas das pessoas, cujos casos foram ouvidos na semana passada em um centro de detenção no centro da Nigéria, estão detidos sem julgamento desde 2010, de acordo com a declaração do Ministério da Justiça.
"O Ministério Público não pode acusá-los [de] qualquer delito devido à falta de provas suficientes contra eles", disse o ministério.
Em outubro, o ministério disse que 45 pessoas suspeitas de terem ligação com o Boko Haram foram condenadas e presas. Outros 468 suspeitos foram liberados e 28 suspeitos continuam detidos para julgamento em Abuja ou Minna.