A instalação dos sistemas de mísseis Iskander-M na região de Kaliningrado é uma resposta simétrica às ações da OTAN, disse à Sputnik o chefe do Comitê de Defesa e Segurança do Senado russo, Victor Bondarev.
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"A implantação dos sistemas de mísseis russos Iskander deve ser considerada, além de uma resposta simétrica às ações da OTAN, como mais um componente do complexo sistema de fortalecimento da capacidade defensiva do nosso país", afirmou.
Iskander-M © Sputnik/ Pavel Lisitsyn |
Ele enfatizou que, nas condições atuais, é "lógico" fortalecer a capacidade de defesa da Rússia para impedir qualquer ataque vindo dos territórios vizinhos.
"Gostaria de lembrar que os mísseis transportados pelos sistemas Iskander não infringem o Tratado INF [Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário], uma vez que seu alcance não excede 500 quilômetros. Não são armas estratégicas e, portanto, não estão sujeitas às restrições impostas pelo Start III [uma das versões do acordo em vigor]", afirmou o político.
Ao mesmo tempo, ele insistiu que a implantação desses sistemas em Kaliningrado não ameaça a segurança internacional, pois são "armas defensivas, não ofensivas".
"Não representam uma ameaça para a segurança internacional, mas garantem uma poderosa defesa da Rússia nas condições da ampliação da OTAN para o Oriente", acrescentou Bondarev.
Em 14 de fevereiro, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pediu à Rússia mais transparência sobre os locais de instalação dos sistemas Iskander.
Iskander-M é um sistema de mísseis táticos, com uma faixa de alcance de até 500 quilômetros, projetado para atingir foguetes, aviões, helicópteros e destruir centros de comando e de comunicação inimigos.