De acordo com a agência estatal síria SANA, o sistema de defesa aérea do país respondeu a um ataque israelense perto de Damasco. Por parte da Síria, o ato foi qualificado como "agressão".
Sputnik
As Forças de Defesa de Israel ainda não comentaram as informações, contudo, a edição Haaretz comunicou, citando suas fontes, que os mísseis de Israel atingiram um centro de investigação na cidade de Jamraya, localizado ao norte de Damascos.
Militar israelense na fronteira com a Síria © AFP 2018/ AHMAD GHARABLI |
No entanto, a agência estatal síria SANA, citada pela AP, informou que o ataque foi repelido pelo sistema de defesa aérea do país.
Posteriormente, na Internet apareceu um vídeo da suposta intercepção do míssil israelense.
Por enquanto, não foi reportado sobre vítimas do ataque ou danos físicos.
Os veículos da mídia informam, citando publicações nas redes sociais, que pela manhã de quarta-feira (7) se ouviram três explosões perto de Damasco.
O último incidente aconteceu após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu ter realizado uma visita às Colinas de Golã, área disputada por Damasco e Tel Aviv, e examinou a fronteira com a Síria, advertindo os inimigos de Israel. Durante a visita, o premiê afirmou: "Estamos procurando a paz, mas estamos preparados para qualquer cenário e eu não sugeriria a ninguém que nos teste".
As ações de Netanyahu provocaram uma forte condenação por parte da ONU.
Não é pela primeira vez que as forças de Israel atacam áreas perto de Damasco. Assim, em dezembro, a aviação israelense atingiu alvos perto da capital síria. Em resposta, a Síria lançou mísseis contra aviões das Forças de Defesa de Israel.
Tel Aviv e Damasco, que nunca assinaram um tratado de paz, trocam repetidamente tiros nas áreas fronteiriças. O último incidente militar havia ocorrido no início de janeiro, quando o exército sírio repeliu três ataques de mísseis lançados por Israel contra uma área nos subúrbios de Damasco.
As autoridades de Israel reconheceram em diversas ocasiões os ataques da aviação do país contra alvos na Síria, justificando suas ações com alegada ameaça do movimento libanês Hezbollah, considerado terrorista por Tel Aviv.