Pequim expandiu sua presença militar no mar do Sul da China ao construir sete novas bases, segundo afirmou nesta semana o chefe do Comando do Pacífico dos EUA ao Congresso.
Sputnik
"No ano passado, a China ocupou as ilhas reclamadas do mar do Sul da China com hangares de aviões, quartéis militares e pistas estendidas ao ponto de a China ter sete bases operacionais na hidrovia internacional agitada", disse o almirante da Marinha estadunidense, Harry Harris.
Recife de Fiery Cross no arquipélago Spartly no Mar do Sul da China © AP Photo/ Iniciativa de Transparência Marítima da Ásia do CSIS/DigitalGlobe |
Além de hangares e quartéis, as instalações chinesas compreendem radares, armazéns de armas e pistas de 3 quilômetros, acrescentou.
Segundo o almirante, o exército chinês está rapidamente alcançando os EUA "em quase todas as áreas".
A China "está tentando afirmar de fato a soberania quanto aos elementos marítimos disputados militarizando ainda mais suas bases", comentou Harris.
Anualmente, através do mar do Sul da China passam mercadorias no valor de trilhões de dólares. Ilhotas e certas regiões da via marítima são disputadas por vários países, dentre eles China, Brunei, Vietnã, Taiwan, Malásia e Filipinas.
Pequim "está utilizando seu poder econômico e militar para minar a ordem internacional aberta e livre", opina o almirante norte-americano.
A China, porém, não é o único país a aumentar sua presença militar na região. O chanceler russo, Sergei Lavrov, advertiu que a presença militar crescente dos próprios Estados Unidos na área pode causar confrontos.
"Acho que é um jogo perigoso. Os EUA estão olhando não apenas para a Coreia do Norte, embora justifique sua presença militar através da questão norte-coreana, mas também para o mar do Sul da China onde Pequim está negociando com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) a resolução de assuntos relacionados aos territórios disputados", explicou.