O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou neste sábado para o próximo fim de semana uma nova sessão de exercícios militares para "demonstrar ao mundo" que seu país deve ser "respeitado" e "é um território independente, de dignidade e de paz".
EFE
"Ordenei à Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb), junto ao nosso povo em união militar, e cívica realizar as operações de defesa multidimensional integral do território de nossa pátria, as operações e exercícios militares Independência 2018 no próximo sábado, 24 de fevereiro, e domingo, 25 de fevereiro", disse Maduro.
Nicolás Maduro | EFE/cedida pelo governo venezuelano |
Durante um ato oficial nos arredores de Caracas, o chefe de Estado convocou toda a Fanb a se juntar a essas operações junto com os cidadãos, com a reserva militar e com a Milícia Nacional Bolivariana; integrada por aqueles que, sem exercerem a profissão militar, manifestem voluntariamente o desejo de entrar para a corporação.
"Vamos afinar a pontaria de todas as equipes, vamos afinar o movimento de todas as tropas, vamos afinar o movimento de todos os tanques, de todos os mísseis, aviões, helicópteros e, sobretudo, vamos afinar a pontaria da alma nacional", disse Maduro.
O líder chavista se definiu como um "pacifista e um guerreiro da paz", após reiterar que a Venezuela "é uma terra sagrada".
"Não nos metemos com ninguém, mas jamais aceitaremos que a bota militar imperial estrangeira toque o solo sagrado da pátria venezuelana. Jamais", ressaltou o presidente.
Maduro antecipou que as práticas militares abrangerão toda a geografia do país, incluindo as áreas fronteiriças com a Colômbia e o Brasil, assim como o Mar do Caribe.
A chamada revolução bolivariana ordenou exercícios militares maciços nos últimos anos, geralmente depois de tensões diplomáticas com os Estados Unidos, país que Caracas acusa de ingerência e conspiração contra Maduro.