O líder do Hezbollah comentou a visita do Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, ao Líbano e à Turquia, durante a qual discutiu a disputa da fronteira marítima entre Líbano e Israel, bem como o apoio dos EUA às Forças Democráticas Sírias (FDS), compostas de forma predominante pelos curdos.
Sputnik
Hassan Nasrallah, líder do movimento do Hezbollah, disse em um discurso nesta sexta-feira que Washington usa as facções curdas na Síria como "ferramentas" em uma batalha contra o legítimo governo sírio. Ele ressaltou que os EUA "abandonarão" seus aliados curdos assim que for conveniente.
Hassan Nasrallah | Reprodução |
Disputa de fronteira entre Líbano e Israel
Nasrallah comentou o conflito territorial entre Tel Aviv e Beirute sobre as fronteiras marítimas e a área rica em petróleo chamada bloco 9 no Mediterrâneo oriental. O político classificou o embate de "batalha por todo o Líbano".
Ele acrescentou que as autoridades libanesas deveriam assumir posição "firme e forte" em conversações sobre disputas com Israel.
"Somos fortes e devemos negociar [em conformidade]", disse ele na sequência do anúncio do presidente do parlamento libanês de que Beirute não concordou com a iniciativa proposta pelos EUA sobre o assentamento da fronteira israelita-libanesa.
Nasrallah também enfatizou que os EUA devem ouvir as demandas do Líbano, se quiserem que o Hezbollah fique longe de Israel.
Líbano e Israel tem se desentendido sobre possíveis depósitos de petróleo e de gás em águas disputadas nas proximidades da fronteira bilateral. As tensões aumentaram depois que Beirute anunciou em dezembro ter concedido a três empresas internacionais de petróleo e de gás o direito de começar a exploraração dos recursos.
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, visitou o Líbano em meio ao aumento das tensões. Ele disse que Washington "fará de tudo para ajudar" Israel e Líbano a alcançar um acordo sobre as fronteiras.