A embaixadora dos EUA antes das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, alertou nesta quinta-feira que a adoção de uma medida militar contra o governo do presidente da Síria, Bashar al-Asad, continua sendo uma opção na agenda de Washington.
Pars Today
"Uma solução militar (contra a Síria) é sempre considerada (como uma opção) em qualquer situação", disse o diplomata dos EUA em um discurso que pronunciou no Departamento de Política da Universidade de Chicago (EUA). Em total contradição, Haley lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu "não expandir" o setor militar já presente na Síria, que ataca o exército sírio de tempos em tempos, mas as autoridades de Damasco sabem que Washington poderá atacar o país, enfatizou. O representante dos EUA junto da ONU também observou que Washington, embora aparentemente não quisesse "estar no centro do conflito sírio", de acordo com Haley, fará tudo o que estiver ao seu alcance para "ajudar" a nação síria, que é vítima de armas químicas.
Haley também pediu na quarta-feira medidas "imediatas" para "salvar" a vida de civis no leste de Guta, localizado nas proximidades de Damasco (a capital da Síria), culpando os recentes ataques ao governo de Al-Assad.
"É hora de tomar medidas imediatas para salvar a vida de homens, mulheres e crianças que estão sob ataques bárbaros pelo governo Al-Assad", disse a diplomata. Uma solução militar (contra a Síria) é sempre considerada (como uma opção) em qualquer situação, disse a embaixadora dos EUA ante as Nações Unidas (ONU), Nikki Haley.
Haley se preocupa com a vida dos civis sírios em um momento em que a aliança anti- Daesh, que lidera por EUA, confirmou na quinta-feira que tinha matado mais 10 civis em seus bombardeios na Síria e no Iraque, aumentando o número total de mortes de sua campanha aérea iniciada desde 2014 nesses dois países, para 841.
Nos últimos dias, Guta Oriental tem sido o palco do combate depois que os terroristas intensificaram suas ofensivas contra as posições do exército sírio. As Nações Unidas (ONU) confirmaram na quarta-feira a morte de pelo menos 100 pessoas como resultado dos bombardeios e confrontos nesta região.