O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que os EUA devem sair da cidade síria de Manbij, na província de Aleppo, em meio aos planos de Ancara de devolver a cidade a "seus verdadeiros donos".
Sputnik
Além do mais, o líder turco acredita que Washington faça "cálculos contra a Turquia, Irã e talvez também contra a Rússia" na Síria, declarando que a presença militar dos EUA na região era direcionada contra os países mencionados depois da derrota do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia).
Tropas dos EUA na Síria © AFP 2018/ DELIL SOULEIMAN |
No dia 5 de fevereiro, o Pentágono anunciou não ver indicação alguma de que a Turquia estaria planejando se mover a Manbij, o que contradiz as declarações prévias das autoridades turcas.
Em janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, declarou que Ancara não pretende limitar suas medidas de precaução contra os combatentes curdos para a cidade síria de Afrin, mas pode se mover na direção de Manbij, onde os EUA posicionaram cerca de 2.000 militares.
Tanto o ministro das Relações Exteriores como o presidente turcos enfatizaram que as forças turcas vão completamente limpar a região dos terroristas, inicialmente em Manbij, e depois por toda a fronteira turco-síria.
A Turquia vem efetuando operação militar designada Ramo de Oliveira em Afrin contra os combatentes curdos desde 20 de janeiro em resposta às declarações dos EUA sobre treinamento de 30.000 membros da força de segurança fronteiriça na Síria, designada por Ancara como "exército terrorista".
O governo sírio condenou severamente a operação militar, chamando-a de violação da soberania do Estado, mesmo a Turquia tendo frisado que a ofensiva não é realizada contra ela, mas contra "somente os terroristas".