A OTAN não pretende enfrentar uma Guerra Fria ou uma corrida armamentista com a Rússia e ainda espera melhorar as relações com Moscou, disse o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg.
Sputnik
"A OTAN é uma aliança defensiva, tudo o que fazemos é proporcional e ponderado. Após a Guerra Fria, os aliados reduziram os gastos e o potencial militar e tentaram por anos estabelecer uma colaboração com a Rússia", disse Stoltenberg.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN © REUTERS/ Francois Lenoir |
A avaliação foi feita em resposta a uma questão de jornalistas sobre como a organização reage às acusações de provocar uma nova corrida de armamentos.
O chefe da OTAN novamente acusou a Rússia pelo que ele considera uma anexação ilegal da Crimeia e a desestabilização do leste da Ucrânia.
"Em resposta, tomamos medidas defensivas e proporcionadas, aumentando a presença militar no flanco leste da aliança, mas ao mesmo tempo procuramos melhorar as relações com a Rússia. Não queremos uma nova Guerra Fria ou uma corrida armamentista", disse Stoltenberg.
Ele afirmou que a abordagem da OTAN em relação à Rússia combina defesa e diálogo.
"Temos de ser firmes, previsíveis, mas ao mesmo tempo trabalharemos para melhorar as relações e o diálogo com a Rússia", afirmou.
A Rússia repetidamente rejeitou as acusações de estar envolvida na crise no leste da Ucrânia e sublinhou que é um conflito interno ucraniano do qual não faz parte.
No que diz respeito à reunificação da Crimeia com a Rússia no âmbito do referendo de 2014, a Chancelaria russa declarou que respeita e aceita a decisão da população local, que manifestou de forma democrática e em plena conformidade com o direito internacional e a Carta da ONU a sua vontade de se juntar ao território russo, uma opção que reuniu mais de 96% dos votos nesta consulta.