Segundo a mídia turca, a denominada Brigada dos Falcões Curdos, unidade da Divisão Hamza do Exército Livre da Síria (ELS), se juntou à operação Ramo de Oliveira que a Turquia está conduzindo em Afrin, no noroeste da Síria.
Sputnik
"Os combatentes da brigada se instalaram em Afrin em 26 de fevereiro", disse o comandante Hassan Abdullah Kulli, citado pela agência Anadolu. "Se Deus quiser, libertaremos o nosso povo de Afrin da opressão do PKK", acrescentou o militar, se referindo ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado pela Turquia como uma organização terrorista.
Combatente do Exército Livre da Síria © AFP 2018/ BARAA AL-HALABI |
A brigada é composta por 400 combatentes curdos de Azaz e 200 árabes que prestaram assistência aos militares turcos na ofensiva contra Afrin.
No último dia 20 de janeiro, a Turquia e seus aliados do Exército Livre da Síria lançaram a operação Ramo de Oliveira, direcionada contra grupos jihadistas e as milícias curdas que controlam a região de Afrin, ao noroeste de Aleppo.
O Partido da União Democrática Curda (PYD) e seu braço armado, as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), são tratados como organizações terroristas pela Turquia por terem conexão com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), proibido de atuar no país; os combatentes das YPG recebem o mesmo tratamento que os militantes do autodenominado Estado Islâmico, Daesh, a rede islamista considerada terrorista pelo Conselho de Segurança da OTAN e proscrita em vários países, incluindo a Rússia.
Segundo dados do Estado-Maior turco, desde o início da operação foram neutralizados um total de "2.059 terroristas do PYD, YPG e Daesh". O exército turco sofreu 33 baixas e mais de 150 feridos.
Damasco condenou a intervenção turca, enfatizando que Afrin é parte inalienável do território sírio.
A Rússia, por sua vez, apelou a todas as partes a mostrarem moderação e respeito pela integridade territorial da Síria.