Cerca de 100 pessoas morreram, segundo fonte militar americana.
France Presse
A coalização liderada pelos Estados Unidos bombardeou tropas pró-governo no leste da Síria e matou dezenas de soldados, anunciou nesta quinta-feira (8) a mídia estatal síria.
Os confrontos acontecem em um momento de grande tensão entre Washington e Damasco com o retorno das suspeitas do uso de armas químicas pelo regime de Assad e as milícias aliadas ao governo Foto: Mauricio Lima/The New York Times |
Uma fonte militar americana disse à France Presse que mais de 100 membros das forças leais ao regime do presidente Bashar al-Assad morreram nos bombardeios por "legítima defesa" da coalizão antijihadista.
"Consideramos que mais de 100 membros das forças pró-regime sírias morreram em confrontos com as Forças Democráticas Sírias (os rebeldes apoiados por Washington) e as forças da coalizão", afirmou a fonte.
Já o Observatorio Sírio de Direitos Humanos, que monitora o conflito, afirma que o número de mortos é de ao menos 45.
A agência de notícias oficial SANA informou que o ataque, que prosseguiu até a madrugada desta quinta-feira (8), atingiu combatentes tribais da cidade de Khusham, na província de Deir el-Zour.
A operação teria sido motivada por um ataque desses combatentes tribais contra posições das Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês), grupo rebelde liderado pelos curdos e que tem o apoio de Washington.
Militares americanos disseram na noite de quarta-feira que lançaram os ataques aéreos após cerca de 500 dos combatentes pró-regime começarem o que pareceu ser um ataque coordenado a um grupo de membros das SDF e assessores americanos.
Os confrontos acontecem em um momento de grande tensão entre Washington e Damasco com o retorno das suspeitas do uso de armas químicas pelo regime Assad e pelas milícias aliadas ao governo.
A SANA classificou o ocorrido de “agressão”.