A Força Aérea da Turquia deu início aos ataques das posições curdas na cidade síria de Afrin neste sábado (20).
Sputnik
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou que os caças da Força Aérea do país bombardearam posições das Unidades de Proteção Popular (YPG) e do Partido de União Democrática (PYD) dos curdos sírios na cidade síria de Afrin.
F-16 da Força Aérea da Turquia © AP Photo/ Anatolia, Kenan Gurbuz |
"A partir deste momento, as Forças Armadas turcas heróicas lançaram uma operação aérea para destruir os elementos do PYD / PKK e do Daesh em Afrin", anunciou Yildirim.
Além disso, foi anunciado que o Exército Livre da Síria, que é apoiado por turcos, havia iniciado um avanço militar no povoado curdo da região.
No início deste sábado, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o exército turco havia iniciado a operação contra os curdos sírios em Afrin.
Segundo o jornal turco Hurriyet, os jatos F-16 do país conduziram os ataques contra seis alvos em Afrin, acrescentando que, simultaneamente, as Forças Armadas turcas lançaram o bombardeio de artilharia da província de Kilis, na fronteira com a Síria.
As aeronaves turcas atingiram um posto de observação do Partido da União Democrática (PYD) no distrito de Afrin, no norte da Síria, informou a agência de notícias Anadolu.
A notícia chega depois que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmou oficialmente o início de fato da operação no Afrin da Síria no início do dia, acrescentando que a operação seria seguida por outra na cidade síria de Manbij, controlada pelos curdos.
A operação não é uma surpresa: a Turquia ameaçou lançar a ofensiva em Afrin desde a semana passada, após o anúncio dos EUA sobre sua decisão de começar a treinar uma força de proteção de fronteira composta pelas Forças Democráticas Sírias (SDF) apoiadas pelos EUA, afiliadas com as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que é considerado um grupo terrorista pela Turquia.
Reagindo ao anúncio da Turquia, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, pediu ao país que não se envolva em nenhuma invasão do Afrin, fazendo eco de uma declaração feita pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que também assegurou que os EUA não tinham intenção de construir uma força de fronteira, dizendo que a questão, que irritou Ancara, foi "mal interpretada".