Ao menos 21 civis morreram no enclave curdo de Afrin, no noroeste da Síria, nas primeiras 24 horas de ofensiva das forças da Turquia contra esta região controlada por milícias curdas, de acordo com a última apuração apresentada neste domingo pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
EFE
Do total de vítimas, pelo menos 11 morreram hoje em bombardeios turcos contra a região de Yalbra, entre elas oito pessoas - das quais cinco eram menores de idade - de uma família de deslocados originários da província de Idlib que vivia em Afrin.
Soldados turcos na fronteira com a Síria. EFE/ Sedat Suna |
O OSDH acrescentou que outros dois civis morreram por ataques aéreos da Turquia na população de Marimin e outro em Diua.
Além disso, sete civis morreram ontem em bombardeios dos aviões turcos em Afrin, segundo o OSDH.
Desde ontem, a Turquia desenvolve uma ofensiva em Afrin, um enclave situado no noroeste da província de Aleppo, no noroeste da Síria, que é controlado pelas Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança liderada por milícias curdas e apoiada pelos Estados Unidos.
As tropas turcas apoiadas por facções rebeldes sírias tomaram hoje das FSD as população de Shenkal e Wadi Mani, em Afrin, informou o OSDH.
No entanto, a principal milícia curdo-síria, as Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), negou que o exército turco teria assumido o controle de qualquer localidade.
As YPG são o componente mais importante das FSD e são consideradas terroristas pelo governo turco por seus vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda presente na Turquia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou hoje que espera que a Turquia termine logo sua ofensiva contra as YPG em Afrin.