A Agência de Segurança de Israel (ASI), mais conhecida como Shin Bet, identificou uma "rede terrorista" na Cisjordânia que trabalhava para a inteligência iraniana, afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Sputnik
"O serviço de segurança, junto com o exército, desvendou uma rede terrorista na Cisjordânia que clandestinamente cooperava com a inteligência iraniana", afirmou Netanyahu em uma declaração pública em vídeo, divulgada pela sua administração.
Benjamin Netayahu, premiê israelense © REUTERS/ Thomas Coex |
De acordo com o relatório da Shin Bet, ao qual o jornal Haaretz teve acesso, no total foram detidos 3 palestinos. O líder seria um estudante de engenharia de computadores, Muhammad Makharmeh, de 29 anos, residente da região de Hebron. De acordo como o serviço secreto israelense, ele foi recrutado pela inteligência iraniana em 2015 através de um parente que mora na África do Sul.
Makharmeh tinha que, inclusive, preparar ataques terroristas contra cidadãos israelenses, inclusive buscar e recrutar terroristas suicidas. Deste modo, o moço conseguiu recrutar dois israelenses de Hebron, recebendo dos iranianos 8.000 dólares (mais de 26 mil reais) em troca.
Na sequência da investigação conduzida pela Shin Bet, foi revelado "que a inteligência iraniana usou a África do Sul como base para o recrutamento e preparação de agentes que trabalhassem na Cisjordânia e em Israel".
O premiê israelense destacou que não é a primeira vez em que a inteligência iraniana "tenta com vários métodos e em diferentes lugares efetuar um ataque contra Israel".
"Quero chamar a vossa atenção ao fato de o Irã estar conduzindo atividades terroristas contra Israel, não só ajudando aos movimentos terroristas, tais como o Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica, mas também tentando organizar atividades terroristas no território israelense", resumiu Netanyahu.