O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, pediu nesta terça-feira ao governo turco para moderar sua ofensiva militar em território sírio após o ataque às milícias curdas, até agora aliadas de Washington na região de Afrin, fronteiriça com a Turquia.
EFE
Segundo Mattis, a ofensiva de Ancara, iniciada há quatro dias, interrompe o retorno pacífico dos refugiados sírios e pode desencadear em uma nova crise humanitária.
Soldados turcos na fronteira com a Síria. EFE/ Sedat Suna |
O representante dos EUA, que se encontra em Jacarta durante uma excursão a países asiáticos que prossegue na quarta-feira no Vietnã, declarou que a nova frente de batalha pode ser explorada por grupos jihadistas como o Estado Islâmico (EI) e a Al Qaeda.
A Turquia iniciou no sábado a operação "Ramo de Oliveira" no enclave curdo-sírio de Afrin para expulsar da fronteira a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG).
As YPG são aliadas dos EUA contra o EI, mas Ancara as considera uma organização terrorista relacionada ao PKK, a guerrilha curda que enfrenta há três décadas o Estado turco.
Mattis apontou que a região de Afrin estava se estabilizando antes dos novos combates, em declarações à imprensa após uma reunião com o seu homólogo indonésio.
O exército turco avançou oito quilômetros em Afrin e abriu na segunda-feira uma nova frente pelo leste, avançando desde a cidade síria de Azaz junto ao seu aliado, Exército Livre Sírio (ELS).
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, insistiu nesta terça-feira que seu país continuará "até a vitória" com sua operação militar contra milícias curdas, em uma campanha na qual morreram pelo menos dois soldados turcos.