Como revelaram os acontecimentos recentes na Síria, em breve os drones podem se tornar arma principal do terrorismo. Contudo, somente há pouco é que a humanidade começou a pensar em meios de combate a esta ameaça.
Sputnik
Guerra eletrônica: barato, mas eficaz
Há dias, o especialista militar dos EUA, Samuel Bendett, apelou a Washington para usar a experiência russa. Segundo ele, os meios de guerra eletrônica aplicados pela Rússia na proteção das suas instalações militares na Síria são um meio eficaz e barato para se defender de drones dos terroristas.
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Sabe-se que um drone pode ser neutralizado por uma série de meios de guerra eletrônica, em particular com sistemas que criem interferência nos sinais GPS, através dos quais na Síria os drones eram apontados para os alvos.
Tal equipamento já se produz na Rússia por mais de dez anos, e ele é encomendado, nomeadamente, pelo Ministério da Defesa russo.
Um meio mais radical de guerra eletrônica contra os drones é a supressão da sua eletrônica de bordo com uma potente radiação de micro-ondas que literalmente queima as placas eletrônicas nos aparelhos de comando.
Especialista em drones, Denis Fedutinov contou à Sputnik que a nova tendência no mercado dos sistemas portáteis de guerra eletrônica é o aparecimento dos chamados "fuzis antidrone". Por exemplo, na exposição Exército 2017, foram demonstraram tais armas de produção russa – Zaslon, Stupor e REX 1. A última, segundo os especialistas, pode suprimir os sinais de navegação via satélite.
Entre as suas desvantagens estão o curto alcance e baixa cadência de tiro.
Lasers e águias-interceptoras
No mundo, estão sendo ativamente desenvolvidos meios capazes de destruir um drone com impacto cinético. Por exemplo, o consórcio Almaz-Antei propõe derrubar os drones de caçadeiras de cargas múltiplas a partir de drones-caçadores. Segundo relatos, tal arma foi testada em 2017.
Nos EUA decidiram usar tecnologias do futuro na luta contra os drones. Em setembro de 2017, no polígono White Sands os militares norte-americanos derrubaram cinco drones com ajuda da instalação de laser ATHENA. Hoje em dia, a China também está testando dispositivos semelhantes.
Há pouco, na Holanda aplicaram um meio invulgar para derrubar drones: lá são aves que participam na luta antidrone. Águias agem como destruidores de drones, não só interceptam com sucesso os quadricópteros, mas depois também os levam para a base.
Medidas antidrone também são aplicadas a nível legislativo. Por exemplo, nos EUA todos os drones com massa de 0,2 a 24 quilogramas devem ser obrigatoriamente registrados. Por sua vez, na Rússia todos os aparelhos com massa maior que 0,25 quilogramas devem ser registrados.
Todos os especialistas concordam que somente medidas legislativas não chegam, e qualquer estratégia antidrone não deve ter apenas uma abordagem, mas deve ser integrada, levando em conta todos os aspetos deste problema.