Um cessar-fogo entre rebeldes marxistas do Exército de Libertação Nacional (ELN) e o governo da Colômbia expirou à meia-noite de terça-feira, antes do início de uma nova rodada de conversas que se espera possa renovar o pacto.
Reuters
BOGOTÁ (Reuters) - O ELN e o governo têm realizado conversas de paz em Quito, capital do Equador, desde o início do ano passado, em uma tentativa de acabar com mais de 53 anos de confrontos. As negociações devem começar novamente nesta quarta-feira.
Rebelde do Exército de Libertação Nacional (ELN) posa para foto na Colômbia 31/08/2017 REUTERS/Federico Rios |
O primeiro cessar-fogo do grupo, que começou em outubro, terminou sem ser estendido, conforme problemas logísticos impediram que os dois lados se encontrassem no horário programado na segunda-feira, informou o governo.
O ELN tem dito que não está disposto a estender a trégua sob os termos originais e quer a elaboração de um novo acordo. O presidente de centro-direita Juan Manuel Santos não disse se irá realizar uma ofensiva imediata contra o grupo agora que o cessar-fogo terminou.
Durante o cessar-fogo, assinado em 4 de setembro, o grupo insurgente prometeu suspender sequestros, ataques em estradas e instalações de petróleo, uso de minas e recrutamento de menores. Em troca, o governo concordou em melhorar proteção para líderes comunitários e condições para cerca de 450 rebeldes presos.
A ELN, de dois mil membros e que frequentemente ataca com explosivos instalações petrolíferas e realiza sequestros, entrou em confronto com outros grupos armados durante a suspensão de hostilidades.
Fundado por padres católicos radicais em 1964, o ELN buscou paz com o governo antes, mas houve pouco progresso. O ELN é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.