A Coreia do Norte fez novos avanços no seu programa de mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs, na sigla em inglês), mas ainda não demonstrou todas as capacidades necessárias para atingir os Estados Unidos com essa arma.
Sputnik
A opinião foi dada por um dos principais cientistas norte-americanos nesta terça-feira, no que poderá ser interpretado por Pyongyang como uma aposta arriscada.
Lançamento do míssil norte-coreano Hwasong-12 © REUTERS/ KCNA |
Enquanto os norte-coreanos indicaram que podem colocar os EUA no alcance e apontar um míssil para o país, o general Paul Selva, vice-presidente do Estado-Maior dos EUA, disse que ainda não se comprovou que suas tecnologias de fusão e segmentação podem sobreviver às tensões de voos de mísseis balísticos.
"Eles deram alguns passos, mas ainda é verdade que eles não demonstraram todos os componentes de um sistema de mísseis balísticos intercontinentais", disse Selva a repórteres.
Também não é claro se a Coreia do Norte tem um veículo de reentrada forte o suficiente para retornar à atmosfera terrestre do espaço e lançar uma ogiva nuclear.
"É possível [que o líder norte-coreano Kim Jong-um] os tenha, então temos que apostar que ele os têm, mas não mostrou ainda", avaliou Selva.
No ano passado, a Coreia do Norte testou os ICBMs que tinham o alcance potencial de atingir o continente dos Estados Unidos. Em setembro do mesmo ano, Pyongyang realizou seu sexto e maior teste nuclear, supostamente com uma bomba de hidrogênio.
O programa de armas de Pyongyang viu as tensões na península da Coreia aumentarem nos últimos meses, provocando novas rodadas de sanções e retórica ardente do presidente dos EUA, Donald Trump, e de Kim Jong-un.