O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Yury Shvytkin, indicou que forças a Rússia deixará na Síria após o fim do conflito.
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"Planeja-se deixar ali as duas nossas bases militares, bem como o Centro para a Reconciliação. Aconteça o que acontecer, planeja-se que estas três instalações fiquem na Síria", afirmou o parlamentar.
Piloto e helicóptero militar russo em base aérea na Síria © Sputnik/ Dmitry Vinogradov |
Shvytkin acrescentou que a cooperação entre a Rússia e a Síria, inclusive nos campos militar e social, continuará depois da saída das tropas russas do país árabe, pois Moscou não exclui a possibilidade de "incursões de diversos grupos do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia).
Ao mesmo tempo, o presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho de Federação (câmara alta do parlamento russo), Viktor Bondarev, disse que, após a derrota dos terroristas, as tropas sírias, apoiadas pela Força Aeroespacial russa, serão responsáveis por manter a ordem no país.
No fim de novembro, o presidente russo Vladimir Putin declarou, durante uma reunião com seu homólogo sírio Bashar Assad, que a operação militar na Síria se aproxima do fim.
De acordo com o vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação, Frants Klintsevich, as declarações de Putin indicam que a operação militar será concluída antes do fim do ano. "Mas ainda é cedo para falar da retirada das Forças Armadas da Rússia. É necessário consolidar o sucesso e limpar o país das minas", acrescentou.
De acordo com o senador, o contingente da aviação e das tropas terrestres russas será reduzido.
Atualmente, Moscou tem no país árabe duas grandes instalações militares: a base aérea de Hmeymim e a base naval militar de Tartus, na costa do mar Mediterrâneo.