Nesta quarta-feira (6), o bombardeiro estratégico norte-americano Lancer B-1B sobrevoou a península coreana no âmbito dos exercícios de combate aéreo. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o especialista militar, Boris Rozhin opinou como Pyongyang pode responder a estas provocações.
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Segundo informa a agência Yonhap, a missão da aeronave norte-americana faz parte das manobras conjuntas dos EUA e Coreia do Sul — Vigilant Ace 18.
Lançadores múltiplos de foguetes da Coreia do Norte © REUTERS/ KCNA |
O bombardeiro Lancer B-1B decolou da base Andersen da Força Aérea dos EUA, na ilha de Guam. Alvos táticos foram destruídos no polígono na província sul-coreana de Gangwon.
EUA e Coreia do Sul realizam nesta semana as manobras conjuntas sem precedentes que contam com participação de mais de 200 aviões bélicos. A conclusão das manobras está prevista para sexta-feira (8).
Os dois países em questão realizam treinamentos militares de grande escala devido ao aumento de tensões entre Washington e Pyongyang.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Boris Rozhin assinalou que Washington tenciona demonstrar a força.
"Já não é a primeira vez que os EUA realizam manobras envolvendo o bombardeiro Lancer B-1B. Além disso, durante elas, militares já treinaram para atacar alvos subterrâneos […] bem como instalações e postos de comando subterrâneos. Teoricamente, a Coreia do Norte pode possuí-los. É evidente que essas iniciativas visam demonstrar a força por parte dos EUA, tentando assustar os norte-coreanos, fazê-los desistir de seu programa nuclear e de mísseis. Contudo, a política de Pyongyang é responder com o lançamento de mísseis a quaisquer ameaças. Como a Coreia do Norte vai responder agora? Provavelmente, com declarações que em duas ou três semanas se sucederão com lançamento de outros mísseis ou testes nucleares subterrâneos. Já surgem sinais de prontidão para realizar tais testes", opinou Boris Rozhin.